Os 7 Princípios
Os 7 Princípios da “Lisboa Call para a Inovação no Desporto” são os pilares desta iniciativa. Os princípios fornecem-nos a base para uma visão partilhada sobre a inovação no desporto sendo simultaneamente os alicerces e o ponto de partida para as ações a desenvolver. Representam a visão sobre a qual assenta a “Lisboa Call” para a Inovação no Desporto e os objetivos a concretizar.
O desporto é um impulsionador de inovação e também beneficia das inovações de outros setores
A inovação é um conceito amplo capaz de melhorar o papel do desporto na sociedade
A inovação no desporto requer uma abordagem holística, intersectorial e multinível
A inovação no desporto contribui para execução das missões do desporto
Todos os atores desempenham um papel fundamental para a realização do potencial da inovação no desporto
Lidar com ameaças existentes e emergentes exige uma resposta inovadora
A inovação no desporto contribui para todas as dimensões do desporto
PRINCÍPIO 1
O desporto é um impulsionador de inovação e também beneficia das inovações de outros setores
O desporto pode ser um impulsionador de inovações tecnológicas, organizacionais e sociais que têm impacto na atratividade económica nacional e regional e no crescimento do mercado de trabalho relacionado. Por outro lado, a inovação está a mudar a forma como o desporto é visto, vivenciado, praticado e organizado, tornando-o mais atraente, seguro e com um impacto cada vez maior no crescimento económico e na criação de empregos.
PRINCÍPIO 2
A inovação é um conceito amplo capaz de melhorar o papel do desporto na sociedade
A inovação é um conceito multifacetado, que tem impacto no desporto, em todas as dimensões e níveis e que deve ser considerada uma das principais prioridades para o desenvolvimento do setor desportivo. A inovação pode ser um motor de desenvolvimento em qualquer uma das dimensões do desporto, potencializando o papel positivo e a prática do desporto na sociedade, bem como na transição dos cuidados de saúde para os cuidados com a saúde, integração, coesão social e educação.
PRINCÍPIO 3
A inovação no desporto requer uma abordagem holística, intersectorial e multinível
A inovação no desporto deve ser abordada através de uma abordagem holística, multinível e intersectorial, com base na cooperação estreita entre instituições públicas e privadas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e enfrentando de forma adequada os mais amplos desafios socioeconómicos.
PRINCÍPIO 4
A inovação no desporto contribui para execução das missões do desporto
A inovação no desporto pode ter um impacto positivo em termos da redução de estilos de vida sedentários e aumento dos níveis de atividade física, como melhorar e manter a saúde e a funcionalidade em idosos, diminuir a prevalência e controlar a obesidade e doenças não transmissíveis e promover a saúde, a condição física e o bem-estar em todas as idades.
PRINCÍPIO 5
Todos os atores desempenham um papel fundamental para a realização do potencial da inovação no desporto
Todos os atores podem desempenhar um papel fundamental testando, consolidando e disseminando conhecimento e experiências para aproveitar o potencial da inovação no desporto e contribuir para preencher os espaços entre a academia, o movimento desportivo, as instituições públicas e o setor privado.
PRINCÍPIO 6
Lidar com ameaças existentes e emergentes exige uma resposta inovadora
São necessárias abordagens inovadoras para fazer face às ameaças e desafios existentes e emergentes que podem afetar a União Europeia e o desporto, como os relacionados com a desigualdade, violações e abusos dos direitos humanos, pressão comercial, exploração de atletas, dopagem, racismo, xenofobia, violência, corrupção e lavagem de dinheiro.
PRINCÍPIO 7
A inovação no desporto contribui para todas as dimensões do desporto
A inovação no desporto contribui para um desenvolvimento individual e social mais sustentável (capacitando o quadro do Modelo Social Europeu), digital (digitalização, inteligência artificial, big data e mapeamento de dados), tecnológico (emprego, indústria e economia), ambiental (alterações climáticas, transportes, planeamento urbano), educacional (educação formal, informal e não formal e promoção da cidadania ativa), saúde (prevenção primária, secundária e terciária, bem-estar e qualidade de vida) e níveis organizacionais, alinhados com os ODS da Agenda 2030 e o respeito pelos direitos humanos.